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A Otorrinopediatria ou Otorrinolaringologia Pediátrica é a sub-especialidade relacionada ao cuidado das crianças e adolescentes com problemas de ouvido, nariz, garganta e laringe. Essas doenças são altamente prevalentes nas crianças e elas possuem algumas particularidades dentro da otorrinolaringologia onde, nós médicos especialistas, precisamos ter atenção a alguns detalhes e assumir um raciocínio clínico e cirúrgico diferente dos adultos. Além disso é preciso sempre manter os pais bem informados e orientados a abordar o tratamento com os filhos, quanto melhor conhecimento e entendimento pelos doentes (e pais), mais eficiente será o tratamento e/ou prevenção.

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OTORRINOLARINGOLOGIA INFANTIL

A CRIANÇA QUE RONCA

Não é normal uma criança roncar ou dormir de boca aberta todos os dias, certamente tem algo errado e é necessária uma avaliação com o otorrino.

 

O ronco nas crianças é o som gerado pelo ar que está passando com dificuldade pelo nariz e pela garganta. Com essa dificuldade a criança assume a maneira mais fácil de respirar: com a boca aberta, os lábios entreabertos e com os dentes expostos. Os lábios tornam-se ressecados e se ferem com facilidade. A garganta também fica ressecada, irritada e pode doer. As que respiram pela boca tendem a pressionar a língua entre os dentes da frente. Essas alterações da postura dos lábios e da língua promovem mudanças na estrutura óssea do palato (céu da boca), tornando-o profundo, os dentes ficam mal posicionados.

 

A musculatura não ao redor dos lábios não é exercitada e fica hipotônica, o rosto da criança torna-se menos expressivo, dando a impressão de ela estar sonolenta e triste.

MEU FILHO COME MAL

É comum respiradores bucais terem problemas na alimentação.

 

Crianças com o nariz entupido sentem menos o cheiro dos alimentos o que pode influenciar no paladar. Durante a alimentação interrompem a mastigação para poder respirar e, em geral, mastigam com a boca aberta.

 

As crianças podem ter dificuldade em ganhar peso e estatura. Depois de resolvidos esses problemas, a maioria das crianças adquire o peso adequado.

MEU FILHO VAI MAL NA ESCOLA

O desempenho escolar depende de diferentes fatores: 
1. Características da escola: físicas, pedagógicas, qualificação do professor
2. Família da criança: nível de escolaridade dos pais, presença e interação dos pais com a escola
3. Próprio indivíduo

 

Dificuldade de aprendizado não é sinônimo de Distúrbios de Aprendizado (termo reservado aos transtornos de leitura – dislexia, expressão escrita e da matemática).

 

Problemas de visão e audição devem ser excluídos.

Fatores que interferem no aproveitamento escolar:
· Perda auditiva
· Problemas de visão
· Desnutrição
· Hiperatividade
· Transtornos emocionais
· Desequilíbrios familiares
· Condutas da escola
· Doenças crônicas e otites de repetição

 

Como desconfiar se existe perda auditiva:
· Não Localiza o som
· Dificuldade de compreensão
· Solicita repetição das ordens
· Não responde ou não faz corretamente as solicitações   podendo parecer “distraído”
· Demora a responder
· Coloca TV e brinquedos com volume muito alto
· Fala em voz alta
· Antecedentes familiares
· Necessita olhar para o interlocutor enquanto conversa

AUMENTO DA ADENOIDE

Adenoide também denominada tonsila faríngea ou popularmente conhecida como carne esponjosa adenoide é um tecido linfoide que fica entre a parte mais posterior do nariz e a garganta (rinofaringe). Assim como as amígdalas, a adenoide ajuda o sistema imunológico a combater a entrada de vírus e bactérias principalmente nos primeiros anos de vida. Ela aumenta seu tamanho durante a infância e com o passar dos anos ela regride até desaparecer durante a puberdade. Algumas vezes esse crescimento da adenoide pode ser exagerado (hipertrofia) e prejudicar a respiração e a ventilação dos ouvidos e seios paranasais.

 

 

Sintomas da Hipertrofia de Adenoide: Respiração bucal, boca seca, tosse irritativa, obstrução e congestão, respiração ruidosa durante o dia, ronco e distúrbios do sono (apneia), infecções de repetição (adenoidites, amigdalites, sinusites e otites).

 

O diagnóstico de hipertrofia de adenoide é feito por um otorrinolaringologista com o exames de Nasolaringofibroscopia. A cirurgia para remoção da adenóide é chamada de Adenoidectomia é realizada no centro cirúrgico com anestesia geral.

AUMENTO DAS AMIGDALAS

A tonsilas palatinas ou amígdalas são massas de tecido linfoide localizadas lateralmente na orofaringe, estrategicamente localizados para a proteção imunológica do trato aerodigestivo.

 

É frequente a coexistência de amígdalas e adenoides aumentadas causando obstrução alta de vias aéreas e apneia obstrutiva do sono.

 

Em pacientes com infecções recorrentes há inflamação do epitélio resultando em diminuição da função imunológica. Em alguns casos está indicado sua remoção cirúrgica sem nenhum prejuízo ao sistema imune.

 

TOSSE

Tosse não é uma doença, e um sintoma e uma defesa do organismo se para expelir alguma impureza que está na via aérea inferior (laringe, traqueia e brônquios), elas podem tossir ao respirarem um ar muito frio ou poluído, fumaça, poeira, cigarro.

 

A tosse também pode ocorrer por:

  • Infecção do nariz (sinusites), adenoide ou da garganta.
  • Processos alérgicos (rinite, faringite, bronquite), onde o mais comum é uma tosse seca e repetitiva
  • Refluxo

DÉFICIT AUDITIVO

A audição começa a partir do 5º mês de gestação quando o bebê ouve os sons do corpo da mamãe e sua voz. É através da audição que as crianças, ainda na barriga da mãe, iniciam o desenvolvimento da linguagem. Perdas auditivas, mesmo que pequenas, impedem a criança de receber adequadamente as informações sonoras essenciais para a aquisição da linguagem.

 

Quando a perda auditiva é diagnosticada cedo e o tratamento é realizado até os 6 meses de idade as crianças apresentam um melhor desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem.

 

Teste da Orelhinha ou Emissões Otoacústicas Evocadas (OEA):
– Consiste na colocação de uma sonda na orelha da criança que emite sons de fraca intensidade e recolhe, no computador, as respostas sonoras que a cóclea (órgão auditivo) do bebê produz, essas respostas são as emissões otoacústicas
– É realizado com a criança dormindo, em sono natural
– É indolor, não precisa de picadas ou sangue do bebê
– Não tem contraindicações
– Dura cerca de 10 minutos
– O resultado sai na hora

 

Se as emissões otoacústicas estiverem presentes o exame é normal. Se estiverem ausentes pode ser que haja deficiência auditiva ou uma imaturidade do sistema auditivo do recém-nascido para produzir resposta, então devemos realizar novos exames dentro de 3 meses.
Fatores de risco para a surdez:

 

HISTÓRIA FAMILIAR
Ter outros casos de surdez na família

 

INFECÇÃO INTRAUTERINA
provocada por citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital ou toxoplasmose

 

ANOMALIAS CRÂNIO-FACIAIS
Deformações que afetam a orelha e/ou o canal auditivo

 

PESO INFERIOR A 1.500 Gr AO NASCER

 

HIPERBILIRUBINEMIA
Doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê fica todo amarelo por causa do aumento de uma substância chamada bilirrubina e precisa fazer banho de luz.

 

MEDICAÇÕES OTOTÓXICAS
Alguns medicamentos afetar o ouvido interno

 

MENINGITE BACTERIANA
A surdez é umas das consequências possíveis quando o bebê tem este tipo de meningite

 

NOTA APGA MENOR DO QUE 4 NO PRIMEIRO MINUTO

 

DE NASCIDO E MENOR DO QUE 6 NO QUINTO MINUTO
Todo bebê quando nasce, recebe uma nota, composta por uma avaliação que inclui muitos fatores como por exemplo se o chorou ou não.

 

VETILAÇÃO MECÂNICA EM UTI NEONATAL POR MAIS DE 5 DIAS
Quando o bebê teve que ficar entubado por não conseguir respirar sozinho

 

ALTERAÇÕES GENÉTICAS
ex.: Síndrome de Down ou de Waldemburg

 

Sinais apresentados pelas crianças com audição saudável:

0 a 6 meses:
O bebê se assusta, chora ou acorda com sons intensos e repentinos. Reconhece a voz materna e procura a origem dos sons.

 

6 a 12 meses:
Localiza prontamente os sons e reage a sons suaves. Balbucia alguns sons e reconhece seu nome quando chamado.

 

12 a 30 meses:
Pronuncia a primeira palavra, como papai ou mamãe, e até usa as primeiras sentenças, como: “joga a bola”.